Foram abordados os principais processos fisiopatológicos envolvidos nas doenças relacionadas aos líquidos cavitários, além da identificação das células que geram dúvidas na rotina laboratorial, como por exemplo, as mesoteliais e as neoplásicas.
Perguntas & Respostas
A seguir, encontram-se as dúvidas que não foram respondidas durante o Encontro Online.
Nessas situações, fazer mais de 1 lâmina.
Na presença de numerosas células nucleadas, deve-se contar, no mínimo, 200 células nucleadas, independentemente do número de hemácias. Outra opção é a diluição da amostra para a análise global.
Devido à presença do papel filtro, o depósito celular ocorre de maneira homogênea e íntegro.
Em líquidos cavitários não é necessária a distinção entre macrófagos e monócitos, diferentemente do LCR.
Nesses casos, a análise estará comprometida. Não realizar a análise citomorfológica. Liberar em laudo a presença de coágulo, conforme o laudo apresentado no Encontro Online.
Sugiro que as células mesoteliais sejam liberadas na observação, como presença ou ausência. Quando reativas, citar na observação.
Essa definição cabe ao laboratório. Contudo, a utilização da automação para avaliação da contagem global e/ou diferencial deve sempre ser validada e registrada em documento (POP/IT). Recomenda-se diluir amostras com elevada celularidade, apenas.
A presença dos grânulos de hemossiderina representa uma hemorragia pregressa de, aproximadamente, 2 a 3 semanas atrás. Nesses casos, as hemácias são fagocitadas por macrófagos que liberam o ferro, o qual se acumula como hemossiderina no citoplasma dos macrófagos.
Na identificação da presença de células malignas, em líquidos cavitários, utilizar o termo “célula atípica”. A identificação/origem dessa célula deve ser realizada, exclusivamente, por médico patologista. Nesse sentido, recomendo o uso da observação: “Presença de células atípicas. Sugere-se encaminhamento para médico patologista.”
Nesses casos, recomendo citar a presença de bactérias e/ou leveduras em observação no laudo. Contudo, a cultura é sempre o padrão-ouro.
O laboratório deve definir o seu padrão e registrar em documento (POP/IT). Contudo, sugiro 1500 rpm / 5min, em citocentrífuga.
O ideal é cada laboratório criar o seu próprio VR, para a sua população específica. Contudo, sugiro: Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Body Fluid Analysis for Cellular Composition; Proposed Guideline. CLSI document H56-P (ISBN 1-56238-575-5).