Em entrevista exclusiva, Dr. Felipe Gomes Naveca, ressalta a importância do diagnóstico preciso e do controle da qualidade para garantir a confiabilidade dos laudos.
A febre Oropouche, provocada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), é uma preocupação crescente para a saúde pública. Ela não apenas tem o potencial de desencadear surtos, mas também apresenta sintomas que podem facilmente ser confundidos com os de outras arboviroses. Até a publicação desse conteúdo, de acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, foram registrados 7.653 casos da doença.
Durante entrevista para o “Conversa D”, Dr. Felipe Gomes Naveca, chefe do laboratório de arbovírus e vírus hemorrágicos da Fiocruz, afirmou que esse é um vírus conhecido desde 1950, mas que sempre foi negligenciado. Segundo o especialista, o momento atual revela o potencial que o Oropouche tem de se tornar uma nova ameaça, não apenas no Brasil, mas também nas Américas e merece atenção.
Possíveis diferenciais no diagnóstico
Dr. Felipe salientou que a Febre Oropouche é bastante similar à Dengue, com sintomas como febre, dor de cabeça e no corpo. No entanto, os profissionais que atuam no atendimento aos pacientes portadores da doença, têm revelado aspectos presentes na maioria dos casos que podem ajudar em diagnósticos mais rápidos e precisos:
– Existem relatos dos colegas experientes no atendimento desses pacientes, que atuam no Instituto Evandro Chagas, no Pará, que os pacientes de Oropouche se queixam de uma dor de cabeça muito intensa. Então, esse seria um possível diferencial, além disso, cerca de 60% das pessoas apresentam inicialmente os sintomas, depois eles desaparecem, mas acabam voltando, afirmou.
Importância do Controle Externo da Qualidade (CEQ)
De acordo com Dr. Felipe, diante do cenário atual, o Controle Externo da Qualidade (CEQ), também conhecido como Ensaio de Proficiência (EP) é fundamental para manter a confiabilidade dos diagnósticos:
– Os Ensaios de Proficiência são muito importantes para que a gente mantenha a qualidade dos testes, principalmente com um patógeno como o Oropouche. Até agora, o que observamos no sequenciamento, é que não tivemos problemas com mutações que possam ter afetado o desempenho do ensaio que está sendo utilizado, ressaltou.
As rotinas laboratoriais requerem monitoramento contínuo e avaliação periódica, pois desempenham um papel fundamental nos processos de detecção, avaliação, resposta, notificação e monitoramento de eventos de saúde pública.
Atenta às necessidades do setor diagnóstico, a Controllab, em mais uma iniciativa pioneira, convida os laboratórios a participar da primeira rodada do Ensaio de Proficiência para Biologia Molecular – Febre Oropouche. Ele segue os critérios da ABNT NBR ISO/IEC 17043 e será enviado no dia 09 de setembro, sem custos para os laboratórios que assinalarem seu interesse neste link até o final de agosto.
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